Avanço da Ciência no Brasil impulsionado por Supercomputadores, afirma Secretário de Transformação Digital
O Brasil planeja adquirir um dos cinco supercomputadores mais potentes globalmente com o propósito de aprimorar a precisão na previsão de eventos climáticos e promover o avanço em várias áreas científicas e tecnológicas. Além disso, a iniciativa também fornecerá maior conectividade com todos os outros supercomputadores brasileiros e permitirá o uso por iniciativas privadas.
A intenção é instalar esse equipamento de alta capacidade no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), situado em Petrópolis, no estado do Rio de Janeiro, até o ano de 2026. Atualmente, o supercomputador Santos Dumont, que opera no LNCC, está sendo atualizado por meio de uma cooperação com a Petrobras e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Todavia, espera-se que a primeira etapa de atualizações seja concluída até o término deste ano, trazendo um rendimento ainda mais elevado para a previsão meteorológica e outras áreas de pesquisa a partir de 2024.
Em entrevista à CNN, o secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Henrique Miguel, salientou a relevância desses supercomputadores. “Estamos atualizando o parque de supercomputadores do Brasil para que possamos continuar a realizar pesquisas avançadas e prestar serviços essenciais à população. Esses equipamentos são imprescindíveis para a previsão climática e para o desenvolvimento de tecnologias como a Inteligência Artificial”, declarou.
Miguel destacou ainda que a previsão climática é um dos principais usos desses supercomputadores e afirmou que os equipamentos mais avançados possibilitam prever o clima com maior exatidão e em menos tempo. Esta capacidade é vital para ações preventivas e emergenciais.
Além disso, o secretário também falou das expectativas do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028, lançado no fim de julho. O plano prevê um investimento em desenvolvimento tecnológico de R$ 23 bilhões ao longo de quatro anos.
Os supercomputadores têm uma participação cada vez mais importante com o avanço da Inteligência Artificial. Com a IA, foi possível incorporar unidades de processamento gráfico, conhecidas como GPUs, que possuem uma capacidade de processamento extremamente avançada, tornando os supercomputadores necessários não só para pesquisas científicas avançadas, mas também para o desenvolvimento de linguagens de Inteligência Artificial.
Henrique Miguel também destacou os desafios e benefícios da atualização dos supercomputadores no Brasil e como isso poderá influenciar a pesquisa, a indústria e a população em geral. Segundo ele, enfrentamos a necessidade de atualizar os supercomputadores para assegurar que eles possam continuar a prover apoio tanto à pesquisa científica quanto às grandes empresas.
Além disso, os supercomputadores desempenham um papel crucial em áreas como simulação de medicamentos e muitas outras aplicações. São equipamentos caros e complexos, que exigem especialistas para operar. Porém, o objetivo atual é não somente manter e melhorar os supercomputadores existentes, mas também expandir sua capacidade para suprir uma gama mais ampla de necessidades.
A aquisição de um novo supercomputador é um processo longo e, por isso, espera-se que ele comece a operar somente em 2026. Este supercomputador permitirá avanços significativos em diversas áreas, incluindo previsão climática, simulação de vacinas e pesquisa científica avançada.
Por fim, Henrique Miguel enfatizou a importância da intelência artificial para a formação e empregabilidade no país. Ele afirmou que precisamos ensinar e requalificar rapidamente para formar melhores profissionais, pois a IA está evoluindo rapidamente. Além disso, o plano nacional de IA prevê a inclusão da IA na alfabetização e empresas estão buscando parcerias para enfrentar as dificuldades relacionadas à adoção da IA.
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